quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A propósito do Orçamento do Estado

O Orçamento do Estado tem estado a suscitar um grande receio nos portugueses, contudo, acabamos por tirar algumas ilações sobre esse terror lançado,porque estas coisas não são feitas ao acaso e algum aproveitamento disto, alguém há-de retirar.




AI ORÇAMENTO, ORÇAMENTO,
QUE ILAÇÕES NOS PROPORCIONAS !

O povo português anda assustado com toda esta movimentação em redor do Orçamento do Estado, pois as conversas têm sido tantas, as ameaças tão aterrorizadoras, que o “Zé Povinho” já anda alvoraçado, com vontade de tirar as suas parcas economias dos bancos, e pensar em coisas que até aqui estavam longe de ser pensadas.
As reformas congeladas, os ordenados reduzidos, as abonos de família retirados às inocentes crianças, os juros a aumentarem, o IVA a subir novamente, o IRS alterado, e um sem número de “facadas” nos bolsos dos portugueses, que francamente não estranhamos de que na realidade as pessoas andem assustadas.
Será que o povo português vai ver “esquartejados” os seus valores ?
Ou tudo isto não passa de simples ameaça, para o povo começar a pensar melhor no dia de amanhã, o que já não acontecia desde os tempos poucos saudosos de Salazar ?
Antigamente é que as pessoas tinham de deitar contas à vida e pensar seriamente no dia de amanhã, mas depois, aos poucos foi perdendo essa ideia, mas hoje na realidade, mesmo sem existirem estas dúvidas e este tão grande impasse sobre a aprovação do Orçamento do Estado, já pensam melhor, porque tudo está a subir, os ordenados a baixarem e as pessoas a obrigarem-se a um outro regime de vida.
Os mais antigos, são capazes de não estranhar muito, porque já passaram por essa fase e não foram dois nem três anos, mas uma vida inteira, agora os mais novos, habituados a que nada lhes falte?...
A terem tudo à mão e dinheiro quanto baste para as suas extravagâncias, por certo que irão sentir bastante, pois até já há paizinhos tão amigos de seus filhotes que se antecipam às suas vontades e gostos, garantindo peremptoriamente, “o meu filho não gosta disto”, sem saberem se na realidade assim acontece.
Chegou-se a uma época que na realidade o esbanjamento, a fartura atingiu limites abusivos e como tal, com estas medidas de austeridade anunciadas agora por este governo, são bem capazes de deixar esta gente nova, a pensar duas vezes, alterar os seus comportamentos, quer alimentares, sociais e passar a ser mais modesto nas suas escolhas de vestuário, nas suas saídas diárias e afinal pensar um pouco mais no dia de amanhã que na realidade ninguém sabe como ele será, e hoje isso nunca foi tomado em contra.
O momento de facto é grave, mas não vai ser também nenhum “bicho de sete cabeças”, como muitos oposicionistas parecem fazer crer, só que, com estas vozes apavoradas, que o povo cada dia vai escutando, mais se vai assustando, mesmo sabedor de que não irá passar de mais uma crise.
Poderá ser até excelente para a modificação dos seus já exagerados comportamentos, pois constatamos que já andava a gastar mais que aquilo que podia, e a prova disso, está no dilatado número do dinheiro de plástico que gasta, na aquisição de habitações próprias sem ter meios suficientes e garantias para as pagar, criando compromissos de pagamento que depois não conseguem ser cumpridos, quando antigamente, o que valia era a moedinha que escasseava no bolso, e as casas que eram alugadas sem a preocupação do luxo ou da vaidade de possuir melhor que o seu vizinho e vivia-se.
Agora não, qualquer bicho careta quer ter uma casa sua e se possível uma na cidade e outra ou no campo ou na praia e os cabazes de compras que chegam ao lar vindos dos shoppings, ou supermercados, trazem uma factura que na maioria das vezes, os seus valores nem são vistos, porque quem paga é o cartão do banco e não a “pessoa ??”
Ora por isso mesmo, os portugueses estão endividados, e a resposta quando se fala nesses disparates, e nessas despesas exageradas, vem sempre de vários lados.
“Alguém terá de pagar a crise”.
Portanto e baseados nesta tão singela ideia e por que não resolução, as vozes assustadoras que se escutam, haverão de ser superadas, e naturalmente para a semana, ou para a outra, já tudo passou, porque o tão badalado “Orçamento do Estado” foi aprovado, já que o maior partido da oposição o viabilizou porque precisa de votos para poder regressar ao Poder, faz o jeitinho ao actual governo e a vida… a vida continua, até que o ar que circula gratuitamente no espaço deixe de entrar no corpo humano e francamente surja outra crise, já que estamos no século das crises e os países da Comunidade Europeia, costumam sempre vencer esses maus momentos com as greves.
A maravilhosa greve, que até dá para muitos irem até à praia no Verão, ou aproveitar o fim de semana dilatado, como quase sempre coincide, para se ir à santa terrinha !...
Outros, depois da manifestação vão para o restaurante comer e beber à francesa e o dinheiro para reparar os mais que necessários distúrbios que sempre sucedem, terá de aparecer, porque isto de crise… francamente, depois do 25 de Abril não tem passado de uma verdadeira treta.
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